Sou de capricórnio,
Mas finjo ser um escorpião.
E das unhas tinhosas destilar veneno.
Em quem toco.Em quem pego.Em quem trisco.
Esse veneno parece sair.
E quem achou que nada tinha de mim em si.
Agora, carrega em seu sangue.
Suas véias.Suas carnes.
Seu corpo moribundo, meu límpido veneno.
Que a essa hora
Espalhou-se feito droga.
Feito alucinogéno.
Létal. Ilegal. Viciante.
Picante. E perverso.
E ele vai te assombrar.
E te fazer acordar.
Quando estiveres só...
Contando o passar do tempo nos dedos.
Nos piores e melhores dias.
Nas melhores e piores noites.
Em cada mão, vai lembrar das minhas.
Assim como a vida,
Certas coisas são inevitáveis.
Principalmente...
Vindos de uma capricórniana.